Manter a saúde bucal em dia é muito mais do que garantir um sorriso bonito. Segundo Gustavo Luíz Guilherme Pinto, presidente do IBDSocial, há uma ligação direta entre a saúde da boca e o bom funcionamento de órgãos vitais, como o coração, os pulmões e o cérebro. Portanto, ignorar sinais de inflamações e infecções bucais pode trazer consequências sérias para a saúde geral. Interessado em saber mais sobre? Continue a leitura e descubra por que cuidar da saúde bucal é uma atitude que protege seu corpo inteiro.
Qual é a relação entre saúde bucal e doenças cardiovasculares?
A conexão entre saúde bucal e doenças do coração é cada vez mais estudada pela ciência. Infecções gengivais, como a periodontite, podem provocar uma reação inflamatória generalizada, que contribui para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares. A inflamação crônica pode afetar diretamente as artérias, facilitando a formação de placas de gordura e obstruções.
Essa condição, conhecida como aterosclerose, está entre as principais causas de infarto e AVC. Quando as bactérias da boca entram na corrente sanguínea, elas podem se alojar nas paredes dos vasos, agravando o quadro. Assim, negligenciar a saúde bucal pode ser um fator silencioso no desencadeamento de complicações cardíacas.
Portanto, manter a higiene bucal adequada e visitar o dentista com regularidade não são apenas cuidados estéticos, conforme frisa Gustavo Luíz Guilherme Pinto. São também medidas preventivas importantes para reduzir riscos de doenças cardíacas e proteger a saúde circulatória.
Como a saúde da boca pode afetar os pulmões?
Problemas bucais também podem impactar o sistema respiratório. Já que doenças como gengivite ou periodontite favorecem a proliferação de microrganismos que, ao serem aspirados, alcançam os pulmões, contribuindo para o desenvolvimento de infecções respiratórias.
Essa situação é especialmente preocupante em pessoas idosas, acamadas ou com imunidade comprometida, pois a aspiração de bactérias bucais pode desencadear pneumonias graves. Inclusive, a falta de higienização adequada da cavidade oral aumenta esse risco de forma significativa.
Além disso, a presença constante de inflamações bucais enfraquece o sistema de defesa do corpo, facilitando a instalação de agentes patológicos nos pulmões. Por isso, reforçar os cuidados com a higiene oral é também uma forma de proteger a saúde pulmonar, de acordo com o presidente do IBDSocial, Gustavo Luíz Guilherme Pinto.
Problemas bucais e impactos no cérebro: qual é a ligação?
As repercussões da saúde bucal também alcançam o cérebro. Estudos apontam uma associação entre doenças periodontais e quadros neurológicos, como o acidente vascular cerebral isquêmico e até o Alzheimer. Uma vez que uma inflamação gerada na boca pode interferir na irrigação sanguínea cerebral, causando danos cognitivos com o tempo.
Aliás, além da inflamação, há indícios de que determinadas bactérias encontradas em infecções orais podem atravessar barreiras de proteção e chegar ao tecido cerebral, provocando reações inflamatórias locais. Isso reforça a importância de tratar cáries, gengivites e outras alterações bucais antes que evoluam para quadros mais graves. A prevenção é, portanto, uma aliada não apenas da memória e das funções cognitivas, mas da qualidade de vida em longo prazo, como pontua Gustavo Luíz Guilherme Pinto.
Principais doenças bucais que afetam a saúde geral
Algumas doenças orais estão entre as que mais afetam a saúde do organismo como um todo. A seguir, listamos as mais recorrentes e seus potenciais efeitos sistêmicos:
- Gengivite: inflamação da gengiva, que pode evoluir para periodontite e afetar o coração.
- Periodontite: infecção avançada que compromete os tecidos de sustentação dos dentes e pode levar à perda dentária.
- Cárie dentária: além de danificar os dentes, permite o acúmulo de bactérias que podem migrar para outros órgãos.
- Abscessos dentários: infecções graves que podem se espalhar para a corrente sanguínea.
- Halitose crônica: pode estar associada a infecções ocultas, muitas vezes não percebidas pelo paciente.
Essas condições, quando negligenciadas, aumentam o risco de complicações em outros sistemas do corpo. Identificá-las e tratá-las precocemente reduz danos e melhora a qualidade de vida.
Quais hábitos ajudam a preservar a saúde bucal e sistêmica?
Como vimos, manter a saúde da boca é uma forma eficiente de proteger o corpo inteiro. Assim sendo, ações simples no dia a dia são essenciais para esse cuidado integral. Desse modo, uma escovação adequada, uso de fio dental e visitas regulares ao dentista são pilares da prevenção.
Ademais, como destaca o presidente do IBDSocial, Gustavo Luíz Guilherme Pinto, uma alimentação equilibrada, rica em fibras e pobre em açúcares, colabora para reduzir a formação de placa bacteriana e preservar a estrutura dos dentes. Também é importante evitar o tabagismo, que aumenta a incidência de doenças bucais e compromete a imunidade. No final, essas práticas favorecem não apenas um sorriso saudável, mas o bom funcionamento do coração, dos pulmões e do cérebro, fortalecendo a saúde como um todo.
A prevenção bucal é um investimento no corpo inteiro
Em conclusão, ao compreender que a saúde bucal vai além da estética, torna-se evidente a importância de hábitos preventivos e acompanhamento odontológico regular. Logo, negligenciar os sinais da boca é ignorar alertas do próprio corpo. Pois, a integração entre saúde oral e sistêmica exige uma visão ampla dos cuidados com o bem-estar. Assim, ao investir na prevenção, você protege seu organismo contra inflamações e infecções que podem comprometer funções vitais.
Autor: Pall Shnider