Uma reportagem da Folha de São Paulo divulgou que a Polícia Federal estaria investigando a ligação entre supostas irregularidades na compra de kits de robótica no governo Jair Bolsonaro (PL) e outro escândalo relacionado a recursos do Ministério da Educação (MEC) iniciado no governo Michel Temer (MDB).
Um dos nomes citados na investigação é do empresário Edmundo Catunda, sócio da Megalic e pai do vereador de Maceió João Catunda. A Megalic é a empresa que está sendo investigada por fornecer os kits de robótica superfaturados que estão sendo investigados na Operação Hefesto.
As operações Hefesto e Literatus, como são conhecidas, estão trazendo à tona transações financeiras suspeitas entre alvos das duas investigações – a ocorrida no governo Bolsonaro e a ocorrida no governo Temer.
Conforme revelado na reportagem, foram identificadas transações financeiras entre Edmundo Catunda e a empresa GM Quality Comércio Ltda., de Antônio Fernando Mendes da Silva Júnior, principal alvo da operação Literatus, que apura compras suspeitas de materiais escolares no valor de R$ 154 milhões.
Os investigadores apontaram que a empresa “GM Quality Comércio Ltda”, do principal alvo da Literatus, Antônio Fernando Mendes da Silva Júnior, transferiu R$ 486 mil para a “3 JC Serviços Administrativos Eireli”, firma em nome de Catunda.
Ainda segundo revelado pela Folha de São Paulo, os municípios tinham contratos com a empresa de Catunda, que é próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), responsável por controlar os recursos da chamada emendas de relator.
Catunda também é citado na Literatus por participar de uma licitação supostamente fraudada em benefício de Silva Junior na aquisição de kits escolares. Investigações apontam que há “prova cabal” de que a política pública de transferências foi “direcionada para a contratação do grupo empresarial da Pontual Distribuidora Ltda”, de Silva Junior.
